Historias dos asilos psiquiátricos
Em 1910, nas frias e cinzentas paredes de um asilo psiquiátrico na Alemanha, uma paciente chamada Katharina Detzel fez uma escolha silenciosa e desesperada. Isolada por anos, privada de contato humano e tratada como algo menos que gente, ela voltou-se para o único material que tinha à disposição — o feno de seu colchão — e com ele criou um homem de palha em tamanho real.
Não por amor, mas pela necessidade bruta de sentir a presença de algo ao seu lado.
Em um mundo que a havia esquecido, Katharina moldou um companheiro para lembrar a si mesma que ainda existia.
Para os funcionários do asilo, aquilo era mais uma prova de insanidade.
Mas para Katharina, era um ato de sobrevivência — uma centelha de humanidade em um lugar projetado para apagá-la.
Décadas depois, sua história e sua fotografia ressurgiriam, comoventes e perturbadoras.
Aquela figura de palha não era apenas uma criação, mas um símbolo de resistência — um testemunho da necessidade humana de conexão, mesmo no limite da dor.

