"Atualmente está em voga nas instituições de ensino o debate sobre a importância do desenvolvimento das habilidades socioemocionais, assim como a adequada expressão e externalização emocional em crianças e adolescentes.
Dentre os benefícios das competências socioemocionais, podemos destacar a promoção da saúde mental e a melhor adaptação ao meio sociocultural.
É muito importante o reconhecimento e diferenciação da dor, sofrimento, emoções e sentimentos para o melhor desenvolvimento de estratégias para lidar com situações tanto cotidianas como àquelas mais difíceis e delicadas.
Na psicologia transpessoal, falamos, por exemplo, de quatro emoções básicas: Raiva, Medo, Tristeza e Alegria.
Destas, duas são ativas: Raiva e Alegria. Duas são passivas: Medo e Tristeza.
Todos nós as temos, manifestamos e somos afetados por estas emoções. Em algum momento, estas se farão presentes em nossa vida, em maior ou menor intensidade.
Por vezes, a intensidade e forma de expressão são consideradas inadequadas e até mesmo perigosas.
Certas emoções nos afetam e tomam o nosso corpo, nos fazendo agir impulsiva ou inconsequentemente.
Não raro, não conseguimos descrever o ocorrido, vivenciando um misto de culpa, descontentamento e sensação de estarmos perdidos (as).
Mal entendidos, desentendimentos e conflitos surgem disto.
Ou situações mais graves, onde o descontrole emocional pode causar consequências sérias pessoais e envolver pessoas próximas.
Quando somos estimulados a pensar no que aconteceu, como aconteceu e quais os efeitos disto a curto e longo prazo começamos a perceber, reconhecer e administrar melhor estas manifestações em nós mesmos e em nosso entorno.
Observação, nomeação, externalização e percepção interna são muito estimuladas no trabalho psicoterapêutico.
Sabemos que se nosso (a) cliente consegue se autoperceber, falar sobre, refletir e externalizar suas emoções e sentimentos começa a ter maior percepção corporal, consequência, consciência e auto responsabilização.
É uma forma de lidar melhor com os limites que o dia a dia nos impõe, com as frustrações advindas do meio externo, dos relacionamentos e vínculos que mantemos e da dor trazida por algumas situações para as quais ainda somos incapazes e imaturos.
Saber perceber as emoções, conhecer seus caminhos em nosso corpo e ser, nomeá-las e vivenciá-las conscientemente nos traz inteligência emocional e maturidade interpessoal.
É um percurso colorido, por vezes dolorido, de autoconhecimento e autodesenvolvimento – para melhor lidar comigo e com o todo que me envolve, complementa, sustenta e intercambia."
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